quinta-feira, 14 de maio de 2009

----------UM CONTO DO URZAL----------

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Era uma vez uma menina
azul celeste de afecto
e a graça de pequenina
enchia casa até ao tecto
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Na quinta onde morava
avós babosos distraía
"Tá-tu" com Ela rodopiava
Pai que outra coisa não via.
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Já cresceu um bocadinho
pela casa aos passinhos
lá corre aquele diabinho,
olhares embevecidos.
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Mãe, cuidados não distrai
de todos lados vêm tias
ver diabrete que ali vai
crescendo todos os dias.
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Ti ti, , tá-tu, são Reis
, para tudo; são mães
mais um rol de amigos fiéis
ma'ti's, nina, pet', os cães.
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Linda bebé do Urzal
rechonchuda essa petiz
gracinhas são festival
nem dois anos tem Beatriz.
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------------UM GRITO AOS VENTOS------------

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Político? Nem por sombras confesso,
Nem sei se meu pensamento se ajusta.
Mas tento sempre seguir o processo
Que por cá, esta vida a todos custa.
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Revolto-me contra todo o excesso
E contra toda a posição não justa.
Sou a favor da vida em progresso,
Da resolução daquilo que assusta.
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Gritarei ao vulgo, a todos os ventos,
Denuncio aqui e ali, a toda a gente,
Procuro além da letargia dos tempos
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Remédio àquilo que o Povo sente.
Mas porque vendado como jumentos
Nunca soube fazer uso da mente.
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