quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

-----------QUANDO O MEL AMARGA------------

.
Portugal é um cortiço
Onde os favos escasseiam
Obreiras por eles guerreiam
E o pólen é desperdício.
.
Há sempre boas vontades
Apregoadas à entrada
Mas força não declarada
Contraria as veleidades.
.
Vigor das obreiras, murcha
Mestra no lugar de Deus
Absorve os esforços seus
E o mel para fora puxa.
.
Se há flores há trabalhos
Juntas recolhem o pólen
Mas poucas, o seu mel comem
Para obreiras, só bugalhos.
.
Nosso esforço mal empregue
Dizem as obedientes
Para aquela que as faz crentes
Vá ao diabo que a carregue.
.
1/2/2012.