terça-feira, 3 de dezembro de 2013


CARRO DA POLÍTICA VIA OCASO



A diligência da política corre para o abismo
A economia, lenta, atrasa-se no apeadeiro e
corrompe-se.
Relógio não pára, no tempo não há sincretismo.
A carruagem, em ziguezague, descarrila, tomba
e corrompe-se.

Os dias contam-se, de esperança, inúmeros
os meses vão destapando as mentiras
no palco há políticos, inergúmenos
a democracia atropela-se, desfaz-se em tiras.

Políticos mentem, mas não são cães,
estes apenas ladram, mentir não sabem,
aqueles gritam, que multiplicam os pães
lá da tribuna, que ouçam os que nada valem.

Na vigia estão, os que tudo podem,
mandam orar, entretendo os indefesos,
do subterrâneo, sem ladrar mordem
e os que gritam na praça, vão presos.

De tocas saem baforadas de medo
anestesias que a média espalha
para que as multidões, quietos, ledos
e à fome, remédio que sustem a canalha.

Surgem de fora, mensagens de poder
sentenças que mencionam prazos de morte
é a finança que diz, o bem-querer
e todo o Sul, incrédulo, sujeito a tal sorte.


Se te demites tens como sorte a cadeia
volta para esse lugar, cumpre a missão,
verás que deus poderoso, assim premeia
quem se sacrifica, na politica de profissão.

Ó alvorada, que tanto demoras,
não vejo ainda a estrela, não há raiar,
se o dia não se aclara, se alvorecer a desoras
por muito tempo teremos de agonizar.

Apressa os guias, desbloqueia a carruagem
sustenta as rédeas e a linha no carril
desbloqueia o que já só parece uma miragem
devolve-nos a esperança, em novo Abril.

27/11/2013

Sem comentários:

Enviar um comentário