sábado, 18 de abril de 2020

DA INDIFERENÇA AO PAVOR





Da indiferença ao pavor


Num ápice, duplicavam-se as notícias

Uma gripe normal, qual ausência de medo.

Os alertas pareciam notas fictícias

Pelos cafés ainda corria outro enredo.



Em poucos dias agitavam-se as milícias

Comentava-se, mas como se em segredo

Aos poucos as vozes revelavam-se propícias

A tirar o povo do seu indiferente sossego




Os média multiplicavam os receios

Da peste corona que se multiplicou

Então já se gritava pela falta de meios




E chegou o momento, onde tudo faltou

A dúvida apagava-se, subiam os receios,

Desertas as ruas, pavor ao vírus se instalou.



17/3/2020


José Faustino

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