segunda-feira, 20 de setembro de 2010

----------- A ESTÉRIL POLÍTICA -----------

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Dia após dia, o teu legado é a incerteza
Feita de palavras que engendram pobreza.
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Na política verborreica com que te opões
Como maldizente, em gritarias, aos repelões,
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Apenas em dúvidas nos fazes crescer
Como se no fim nada tivesses a perder.
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Nas páginas em caixas de ignorância
onde se inverte o sentido e relevância,
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É a irresponsável voz que te oferecem,
Espaço concedido aos que não merecem,
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O pão que da ceifa política nasce,
Dessa sementeira, donde nada renasce.
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Teu espírito raso e pobre é inato,
Todavia, continuas sendo candidato.
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

-----------COMEÇA PELO PRINCÍPIO-----------

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No princípio da caminhada, melhor antes
Eras apenas vulto e matéria bruta
Pesada e tosca como uma rocha
O que nem os sons naturais escuta
Eras um "sem rumo", como os errantes
Perdido de vez, tinhas de encontrar a tocha.
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Mas, em qualquer lugar, antes do princípio
Todos os caminhos se multiplicam e cruzam
Labirintos onde a certeza está de fora
Fachos sem esperança que luz não produzam
Levam-nos como matéria escura ao precipício
Onde há viventes, mas a Verdade não mora.
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Não esqueças, tudo um princípio tem
Na forja toda a matéria se vai purificando
A rocha de lima em lima se transforma
Cozinhado, fervendo, que sabor vai apurando
Podes errar no lume, sabedoria logo vem
Atento ao caminho que rumo certo é norma.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

---------POEMA ... INACABADO ---------

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(Momentos)
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Num repente, uma sombra, sem sol
Que os raios do alto acariciassem,
Sobressai no espectro, e as formas
a preencherem o vazio, ali no espaço
onde outra luz não caberia.
Olhos, quase rejeitam as normas
E tentam penetrar no todo que não se vê
Iluminando para lá do opaco manto,
Regala as mentes que param de espanto.
E todo o perfil que a beleza espelha
Sua natura o Inverno esconde.
São aparições de onde em onde
Que a imaginação foca como uma centelha.
E nesta visão sem ritmo, sem métrica,
Sem lógica, sem amor, sem rima,
É poema rejeitado, a quem se destina
E o momento, ao nada se definha.
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