CARRO
DA POLÍTICA VIA OCASO
A
diligência da política corre para o abismo
A
economia, lenta, atrasa-se no apeadeiro e
corrompe-se.
Relógio não pára, no tempo não há sincretismo.
A
carruagem, em ziguezague, descarrila, tomba
e corrompe-se.
Os
dias contam-se, de esperança, inúmeros
os
meses vão destapando as mentiras
no
palco há políticos, inergúmenos
a
democracia atropela-se, desfaz-se em tiras.
Políticos
mentem, mas não são cães,
estes
apenas ladram, mentir não sabem,
aqueles
gritam, que multiplicam os pães
lá
da tribuna, que ouçam os que nada valem.
Na
vigia estão, os que tudo podem,
mandam
orar, entretendo os indefesos,
do
subterrâneo, sem ladrar mordem
e
os que gritam na praça, vão presos.
De
tocas saem baforadas de medo
anestesias
que a média espalha
para
que as multidões, quietos, ledos
e
à fome, remédio que sustem a canalha.
Surgem
de fora, mensagens de poder
sentenças
que mencionam prazos de morte
é
a finança que diz, o bem-querer
e
todo o Sul, incrédulo, sujeito a tal sorte.
Se
te demites tens como sorte a cadeia
volta
para esse lugar, cumpre a missão,
verás
que deus poderoso, assim premeia
quem
se sacrifica, na politica de profissão.
Ó
alvorada, que tanto demoras,
não
vejo ainda a estrela, não há raiar,
se
o dia não se aclara, se alvorecer a desoras
por
muito tempo teremos de agonizar.
Apressa
os guias, desbloqueia a carruagem
sustenta
as rédeas e a linha no carril
desbloqueia
o que já só parece uma miragem
devolve-nos
a esperança, em novo Abril.
27/11/2013