NA
PRAÇA DOS DESENCONTROS
MAR
DE CONFUSÕES
Onde
as vozes não combinam
nem
musica chega a bares,
até
os poetas desalinham
nem
os seus versos rimam
tudo
é confusão nas estrofes.
Ó
poesia,
que
rumo te aconselharam?
Porque
esqueceste Camões?
***
E,
assim vai a barca ondeando,
com
auto elegias da praça pública onde
eu,
sempre melhor do que tu, estamos no caos,
da
ordinária febre, onde a imbecilidade
periódica
descreve, teoria de políticos maus
e,
onde se afirma com lisonja sobriedade,
na
ausência do inteligente, do crítico,
após
décadas da seca visão, a “woodface”,
confessa-se; não sou político.
Venha, a sombra do Divino, que esbraceje,
nas ágoras duma religiosa corte, perdida,
que ressurgiu dos infernos, ainda ferida,
a recordar o Chifrudo, que o medo elege,
aí se confrontam, com infame desmesura,
o que o Zé, em resumo, mastiga e absorve
sem um mínimo de compostura,
na mentira grosseira que pela tinta corre
qual dos sagrados e, qual dos diabos,
mais vende nesse inferno dos mercados.
Ei, raia que pisais minha Obra,
que aspirais entrar em patamar das cenas,
calai-vos,
borregos, escutem apenas
o
que digo, e digo, vezes às centenas,
aqui
não há laivo de censura
apenas
imagem física, que mantos escondem,
minhas
palavras, não são sol-de-pouca-dura
são
cânticos que séculos entoaram
deram
à humana sorte alma e,
prescreveram
que,
liberdade diabólica,
tem censura.
Eu
sou o que orienta os rebanhos
pelas
pastagens que as tormentas regam
e,
dentro da rede onde nos encontramos
não
pode babar-se o infiel rabudo
se
seguirdes o que os fiéis pregam
de
mãos ao alto imploramos tudo,
e
tudo o que a míngua rasa e enche
é
supérfluo para a pouca mente.
Calem-se
os ventos "Ordos"
espalham-se vozes desencontradas,
quando a fome se solta a todos.
Aqui na Terra é santa a condição,
de pouco comer para ter perdão.
É
sacrifício, no Caos
desenhado,
profana lei, em Tempo escrita,
moldando a vida que corre por todo
o lado. Ao cão não se nega um naco,
nem ao beduíno que a Sumidade protege,
no lugar do Humano, que é macaco.
Não denunciem as boas palavras,
eu vos protegerei dos divinos açoites,
comei do sal, do vosso suor , como dádivas,
e, a conquistar as miséria, não te afoites.
jcf
10/6/2013
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