quarta-feira, 26 de junho de 2013

-------------- NA PRAÇA DOS DESENCONTROS ------------


NA PRAÇA DOS DESENCONTROS
MAR DE CONFUSÕES


Onde as vozes não combinam
nem musica chega a bares,
até os poetas desalinham
nem os seus versos rimam
tudo é confusão nas estrofes.

Ó poesia,
que rumo te aconselharam?
Porque esqueceste Camões?

           ***

E, assim vai a barca ondeando,
com auto elegias da praça pública onde
eu, sempre melhor do que tu, estamos no caos,
da ordinária febre, onde a imbecilidade
periódica descreve, teoria de políticos maus
e, onde se afirma com lisonja sobriedade,
na ausência do inteligente, do crítico,
após décadas da seca visão, a “woodface”,
confessa-se; não sou político.


Venha, a sombra do Divino, que esbraceje,
nas ágoras duma religiosa corte, perdida,
que ressurgiu dos infernos, ainda ferida,
a recordar o Chifrudo, que o medo elege,
aí se confrontam, com infame desmesura,
o que o Zé, em resumo, mastiga e absorve
sem um mínimo de compostura,
na mentira grosseira que pela tinta corre
qual dos sagrados e, qual dos diabos,
mais vende nesse inferno dos mercados.

Ei, raia que pisais minha Obra,
que aspirais entrar em patamar das cenas,
calai-vos, borregos, escutem apenas
o que digo, e digo, vezes às centenas,
aqui não há laivo de censura
apenas imagem física, que mantos escondem,
minhas palavras, não são sol-de-pouca-dura
são cânticos que séculos entoaram
deram à humana sorte alma e, prescreveram
que, liberdade diabólica, tem censura.


Eu sou o que orienta os rebanhos
pelas pastagens que as tormentas regam
e, dentro da rede onde nos encontramos
não pode babar-se o infiel rabudo
se seguirdes o que os fiéis pregam
de mãos ao alto imploramos tudo,
e tudo o que a míngua rasa e enche
é supérfluo para a pouca mente.


Calem-se os ventos "Ordos"
espalham-se vozes desencontradas,
quando a fome se solta a todos.
Aqui na Terra é santa a condição,
de pouco comer para ter perdão.
É sacrifício, no Caos desenhado,
profana lei, em Tempo escrita,
moldando a vida que corre por todo
o lado. Ao cão não se nega um naco,
nem ao beduíno que a Sumidade protege,
no lugar do Humano, que é macaco.


Não denunciem as boas palavras,
eu vos protegerei dos divinos açoites,
comei do sal, do vosso suor , como dádivas,
e, a conquistar as miséria, não te afoites.

jcf
10/6/2013

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