Da indiferença ao pavor
Num ápice, duplicavam-se as notícias
Uma gripe normal, qual ausência de medo.
Os alertas pareciam notas fictícias
Pelos cafés ainda corria outro enredo.
Em poucos dias agitavam-se as milícias
Comentava-se, mas como se em segredo
Aos poucos as vozes revelavam-se propícias
A tirar o povo do seu indiferente sossego
Os média multiplicavam os receios
Da peste corona que se multiplicou
Então já se gritava pela falta de meios
E chegou o momento, onde tudo faltou
A dúvida apagava-se, subiam os receios,
Desertas as ruas, pavor ao vírus se instalou.
17/3/2020
José Faustino
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